O empresário Thiago Antônio Brennand, que agrediu uma modelo em uma academia de luxo no Jardim Paulistano, na zona oeste de São Paulo (SP), mostra nas redes sociais o desgosto pelo Brasil, ao qual se refere como “paiseco de quinto mundo” e para onde regressou após a pandemia de Covid-19.
Em publicações no Facebook, Brennand disse que voltou a ficar um longo período no país após mais de 20 anos morando fora.
“Saí do Brasil para morar fora na adolescência, já era uma sociedade muito indesejável. Verdade que como membro do grupinho da riqueza, tinha tudo aqui. Porém a falta de educação costumava me matar. Quando era criança eu já tinha nojo do lugar”, escreveu o empresário na rede social, em novembro de 2020.
Nas publicações, ele ainda criticava a corrupção e a desigualdade que via no país décadas atrás. “Hoje em dia é 1.000x pior! Que m* de país!”, escreve Brennand.
Gosto por esportes
Entre críticas ao Brasil, à imprensa e defesas de medicamentos sem comprovação contra a Covid-19, outra característica marcante do empresário em suas redes sociais é o gosto pelos esportes, sobretudo pelo jiu-jítsu.
Em uma publicação de dezembro de 2019, Brennand orgulha-se do título de professor da arte marcial, que lhe foi conferido pela federação da modalidade no Rio de Janeiro.
“A primeira, e mais respeitada — onde foram federados todos os Faixas Vermelhas — federação de Jiu-Jitsu do mundo”, diz o empresário, que também escrevia sobre judô e futebol.
No dia 3 de agosto, uma modelo foi agredida pelo empresário dentro de uma academia no shopping Iguatemi, no Jardim Paulistano, área nobre da zona oeste paulistana.
Câmeras de segurança registraram quando a vítima, identificada como Helena Gomes, foi agredida por Thiago Antônio Brennand.
As imagens mostram o empresário empurrando a modelo de maneira agressiva. Duas pessoas tentam separar os dois, e o homem então puxa o cabelo da vítima. Mulheres que estavam na academia aparecem nas imagens defendendo a modelo.
A briga só terminou quando outros frequentadores separaram o agressor da modelo.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública) informou, em comunicado oficial, que o caso é apurado como lesão corporal e injúria pelo 15° Distrito Policial do Itaim Bibi e não detalhou o motivo da agressão, uma vez que as investigações correm sob sigilo judicial. “Diligências são realizadas visando o esclarecimento dos fatos”, concluiu.
Também em nota, a Bodytech afirmou que “prestou apoio à vítima, segue colaborando com as autoridades competentes e que repudia qualquer ato de violência”.
Fonte: D24am