O prefeito de Manaus, David Almeida, afirmou, na noite desta quinta-feira, 9/11, que foi a população da cidade quem perdeu quando 20 vereadores da Câmara Municipal votaram contra o projeto de lei do Executivo municipal, para autorizar a contratação de operação de crédito, no valor de R$ 600 milhões, a serem investidos em obras e projetos essenciais de infraestrutura na capital. A declaração foi feita durante a inauguração da primeira praça molhada da capital, no bairro Morro da Liberdade, zona Sul.
Na ocasião, David informou que irá reenviar esse projeto para que a Câmara Municipal reavalie o texto, provando que a votação anterior, realizada na tarde da última quarta, 8/11, em sessão extraordinária, não atendeu às necessidades da população.
“Quem perdeu não foi o prefeito e nem sua gestão, mas sim todos os moradores da cidade, que podem deixar de usufruir de obras de necessidades diárias e de projetos que ajudarão no desenvolvimento da capital. Uma votação triste e um dia triste para a população”, declarou o prefeito, esperando que os vereadores que votaram contra esse projeto revejam a sua votação.
Dentre as obras que deverão ser contempladas com os recursos adquiridos junto ao Banco do Brasil, com a garantia da União, estão: recapeamento de mais 2 mil ruas; revitalização de 42 terminais de ônibus nos bairros; desassoreamento de igarapés na cidade, com investimentos de R$ 70 milhões, e contenção das voçorocas, as conhecidas erosões, no valor de R$ 50 milhões.
E mais: construção de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) porte 4; de quatro creches para a primeira infância; construção da primeira praça da Bíblia, além da geração de cerca de 8 mil empregos, resultante dessas obras.
Saúde financeira
A Prefeitura de Manaus tem boa saúde financeira, ressaltou o prefeito na noite de ontem. Segundo o índice Firjan de Gestão Fiscal, Manaus é a segunda cidade do Brasil com melhor equilíbrio fiscal, com índice 0,91, alcançando nível de excelência em todos os indicadores do estudo. “A única avaliação que não temos nota 10 é na liquidez, que é dinheiro em caixa para investir, em função do endividamento da cidade na gestão passada”.
A situação foi causada pelo prefeito anterior, que contraiu empréstimo no valor de R$ 2,7 bilhões, e em oito anos amortizou R$ 1,083 bilhão. Mas na gestão de David Almeida, em apenas três anos, já foram pagos R$ 1,9 bilhão desse empréstimo anterior.
“Eu emprestei R$ 1,1 bilhão. Então, o meu empréstimo eu já paguei. Não endividei a prefeitura, eu herdei essa situação. Hoje, não temos dinheiro para investir. Mas somente para pagar as contas, os servidores e os contratos. Por isso, reafirmo, a população foi prejudicada pelos seus representantes, os que votaram contra o projeto para o desenvolvimento da cidade de Manaus”, completou David Almeida.