O Ministério Público de Roraima ofereceu denúncia contra o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jalser Renier (SD), sua mulher, Cinthya Padilha, o deputado Marcelo Cabral e mais 14 pessoas, incluindo ex-servidores da casa, envolvidos na Operação Cartas Marcadas. O MP pede à justiça a perda do mandato eletivo dos dois parlamentares.
A denúncia resulta de duas operações deflagradas pelo Ministério Público de Roraima. A primeira, Cartas Marcadas, levou à condenação de 10 pessoas, incluindo ex-servidores da ALE por desvio de licitações.
Já a Operação Royal Flush desarticulou uma ação criminosa que tinha como chefe da quadrilha o próprio presidente da Assembleia Legislativa, Jalser Renier. Foram investigados crimes de fraudes em processos licitatórios, contratos administrativos, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de Justiça.
Conforme sumário feito pelo MP de ambas operações, foi comprovado “o impressionante volume de recursos públicos desviados e o patrimônio adquirido aos custos da população”. Também mostra como era feita simulação de contratação da empresa de fachada como a “Construtech Construtora Empreendimentos Ltda” que desviou mais de R$ 2 milhões por meio de processos licitatórios.
Para o Ministério Público, o deputado Jalser Renier, usando o cargo de presidente da ALE estruturou e aperfeiçoou o esquema criminoso de desvio de recursos públicos por meio de processos licitatórios simulados.
O MP pede à justiça a notificação dos denunciados para oferecerem resposta escrita no prazo de 15 dias, citação dos acusados para responderem à ação penal, oitiva das testemunhas citadas na denúncia. Também pede a condenação dos denunciados, ressarcimento de danos materiais causados, pagamento de indenização por danos morais coletivos e a decretação da perda do cargo e função pública para os condenados que ocupam cargo ou emprego público ou mandato eletivo.
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