A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) destinou, na segunda-feira (04/02), 10 mil comprimidos de Risperidona para a Policlínica Gilberto Mestrinho, referência da rede estadual no atendimento de pacientes com transtornos mentais. De acordo com o vice-governador e secretário de Saúde, defensor Carlos Almeida, o abastecimento, em caráter emergencial, é para garantir que os pacientes não fiquem sem a medicação, enquanto a Central de Medicamentos do Amazonas (Cema) aguarda a entrega de uma remessa maior para a reposição de estoque. A previsão do fornecedor é de que a remessa de medicamentos, suficiente para abastecer a rede por três meses, chegue a Manaus em uma semana.
A Policlínica Gilberto Mestrinho atende cerca de 730 pacientes com transtornos de ansiedade, do humor e bipolares, depressão e psicose. Para esses tratamentos é indicada a administração do Risperidona, também prescrito a pacientes com autismo.
Segundo Carlos Almeida, o desabastecimento das unidades com medicamentos e insumos hospitalares foi um dos pontos críticos identificados no início da nova gestão e que vêm sendo tratado com prioridade no governo Wilson Lima. “A Cema foi recebida com estoque critico. Não houve (no governo anterior) o planejamento adequado para saber se tinha dinheiro para comprar e também não se deflagrou os processos licitatórios dentro do período necessário. Começamos o esforço nesse sentido, desde quando iniciamos o governo, há pouco mais de 30 dias. Estamos trabalhando para que essa situação tenha solução definitiva”, disse.
No caso da Riperidona, que ficou sem estoque na Cema para abastecer a rede desde novembro do ano passado, a situação se agravou porque o município, que também dispensava a medicação em suas unidades, parou com o fornecimento no final do ano passado. Nesse período, a medicação estava disponível na Cema, especificamente para pacientes inscritos no Programa Estadual de Medicamento Especializado (Proeme).
Em entrevista na manhã desta terça-feira (05/02) na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), onde participou da Abertura do Ano Legislativo, ao lado do governador Wilson Lima, Carlos Almeida explicou que a Susam está fazendo o remanejamento dos medicamentos que estão disponíveis na rede de saúde. “Então, às vezes, não se tem medicamentos em quantidades suficientes na Central, mas nós temos na nossa rede. Então, tanto o coordenador da Central, quanto os secretários da Capital e nossos gestores permitem que haja a distribuição”, disse.
O secretário de Saúde revelou que ainda haverá, nos próximos meses, situações críticas em relação aos medicamentos, já que a logística do Amazonas também não contribui para que as providências sejam sanadas de imediato. “Qualquer medicamento que vier para cá, porque a grande maioria não se encontra no Amazonas, demora no mínimo 23 dias para chegar e as demandas são cavalares e são diárias”, explicou.
FOTO: DIVULGAÇÃO/SUSAM