Um novo decreto do governo do Amazonas, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na terça-feira, 14, prorroga o fechamento do comércio e atividades não essenciais até o dia 30 de abril. A expectativa é que o comércio permaneça fechado até que ocorra a diminuição dos casos do novo coronavírus (Covid-19) no Estado.
Com o decreto, o governo prorrogou também até dia 30 a realização de eventos promovidos pelo Estado, de quaisquer naturezas, incluída a programação dos eventos culturais públicos.
Também determinou a prorrogação da visitação a presídios e a centros de detenção para menores, além da participação de servidores ou de empregados em eventos ou viagens internacionais, interestaduais ou intermunicipais.
O decreto determinou, ainda, a prorrogação por mais 30 dias da proibição de eventos e atividades, com a presença de público acima de 100 pessoas, ainda que previamente autorizados, tais como eventos desportivos, circos, shows, salões de festas, casas de festas, feiras, eventos científicos, passeatas.
Continuam suspensas os atendimentos presenciais, no âmbito dos órgãos e entidades da administração direta e indireta do Poder Executivo estadual, as atividades de todas as academias e centros de ginástica, o serviço de transporte fluvial de passageiros, os serviços de transporte rodoviário, além do atendimento ao público em geral de todos os restaurantes, bares, lanchonetes, praças de alimentação.
Prejuízos
De acordo com o presidente da Câmara Dirigente dos Lojistas de Manaus (CDLM) Ralph Assayag, apesar das medidas adotas pelo governo para amenizar os prejuízos para o comércio, o setor deverá passar por um momento bastante complicado nos próximos meses.
“Quem está fechado está com uma situação muito difícil. Estamos esperando para saber se o governo federal vai mandar algum recurso para prorrogar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), pois, as cargas de quem pediu está chegando e quem está fechado não tem como pagar”, explicou Ralph.
O representante do comércio disse, ainda, que quando chegar ao final do mês, com a retração da economia e o fechamento do comércio, é muito provável que muitas empresas não consigam fechar a folha de pagamento.
“Mas, a grande preocupação é que se perca o controle e as pessoas comecem a invadir as lojas a procura de comida. Outra preocupação é o número de mortes pelo Covid-19. Então, é esperar que tenhamos alguma alternativa para suportar a crise, pois, quando chegar no mês de maio a situação deve piorar mais ainda e muita gente deverá passar fome”, ressaltou o presidente da CDL.
Positivos
Ralph Assayag ressaltou que os supermercados tiveram uma queda de venda e os que tiveram crescimento de 1% a 2% são os ‘atacarejos’ que vendem para as pequenas tabernas.
Falta de diálogo
O presidente da CDLM disse que a falta de diálogo de parlamentares com representantes da categoria do comércio vem trazendo grandes prejuízos.
“Todo dia tem uma nova lei, uma nova determinação, que muitas das vezes não conseguimos implementar de imediato. Aí temos duas saídas, ou pegamos multa ou fechamos”, destacou Ralph.
Fonte: Portal o Poder